Água pura, lazer e belezas naturais

Cachoeiras e Cascatas

Cachoeira de Santo Antônio

 

A 50 quilômetros de Belo Horizonte, a Cachoeira de Santo Antônio é uma das atrações balneárias da Grande BH. Encravada numa rocha, jorra água fria e cristalina, formando um lago de rara beleza, com uma queda de cerca de 35 metros.

Está próxima a uma área de plantação eucaliptos, em meio a vegetação fechada. Rodeadas por imenso paredão rochoso e mata de galeria, suas águas apresentam temperatura baixa e um tom suavemente esverdeado, deixando-as irresistíveis nos dias mais quentes. De Belo Horizonte, a estrada principal de acesso se dá por Raposos em trecho de 20 quilômetros de terra.

O local não tem qualquer infraestrutura turística e os veículos ficam a  4 km da cachoeira. Em seis dos 35 metros de altura os praticantes rapel usam o apoio dos pés e em 29 metros só com suspensão total, sem apoio dos pés. A cachoeira tem cerca 12 metros de profundidade e 20 metros de comprimento. Mesmo sem qualquer infraestrutura turística e abandonada pelo poder público, o local é um dos um dos destinos preferidos da região por jipeiros, motoqueiros, aventureiros e por famílias nos fins de semana e feriados. Está a dez quilômetros de Morro Vermelho. O local, apesar de proporcionar um lindo e agradável passeio, lidera as estatísticas de afogamentos com morte na região. Há que se ter muito cuidado, principalmente na parte esquerda do poço, onde cavidades nas rochas provocam correntezas que podem arrastar as pessoas para o fundo.


Cachoeira das Estrellas ou Cachoeira do gato

 

Na época do ouro de aluvião, esta cachoeira tinha tanto ouro brilhando em suas águas escuras com o reflexo do sol, até mesmo à noite, com a luz da lua, que pareciam estrelas. E os desbravadores emboabas batizaram-na com o nome de Cachoeira das Estrelas.

Segundo registros antigos datados no decorrer do século 18, essa é uma das várias histórias encontradas em um registro em Portugal por um pesquisador, que a lançou no livro “Diário de um Novo Mundo”.

Há também quem diga que o nome Estrellas deve-se a uma homenagem feita pelo Barão à sua esposa, Teresa Cristina de Vasconcelos Menezes de Drummond, a Baronesa da Estrella.

Muitas histórias, no entanto, se perderam no tempo. Hoje, a queda d’água também é conhecida como Cachoeira do gato. O nome surgiu há cerca de vinte anos, segundo o guia Gustavo Pietsch. "Um amigo meu, nativo do Morro Vermelho, me contou que havia encontrado uma cachoeira enquanto pescava e que eu gostaria de conhecer. Me indicou o caminho e quando cheguei lá pela primeira vez encontrei um felino morto em adiantado estado de decomposição na beira do poço. Recolhi uns dentes, o crânio e um resto de pelo e encaminhei a um especialista. Enquanto esperávamos a resposta da identificação do animal, nos referíamos à cachoeira como cachoeira do “gato”. Como sempre, levei pessoas lá até mesmo antes de trabalhar com turismo na região, o nome acabou se popularizando em alguns nichos. O felino foi identificado. Era uma jaguatirica", conta Gustavo.

Nomes à parte, a cachoeira da estrella é um tesouro da nossa região e certamente guarda muita história.

Situada abaixo do paredão de pedras do Córrego da Cachoeira, ela tem cerca de 15 metros de altura, jorrando água cristalina sobre um poço, cercada por densa mata e paredões de pedra. Mais conhecida por nativos, a cachoeira ainda é pouco explorada aos olhos dos turistas.

Fica na mesma estrada que dá acesso à Cachoeira de Santo Antônio. Do Morro até lá são 5,5 km de estrada de terra e cerca de 15 minutos de trilha.


Cachoeira do Maquiné

A antiga Fazenda do Gandarela, na região do Maquiné, em Morro Vermelho, hoje sede de uma mineradora, que adquiriu todas as terras da redondezas, deu nome à região e ao Parque Nacional da Serra do Gandarela. Fica na divisa do distrito com o município de Rio Acima. A fazenda foi privilegiada com recursos naturais abundantes, desde florestas da Matas Atlântica, áreas de cerrado e de campos rupestres, além de montanhas encantadoras, como os morros Três Irmãos.

Pela Fazenda do Gandarela, passava a Estrada Real, com tropeiros, bandeirantes e fiscais vindo do Rio de Janeiro em direção as grandes mineras de ouro de Morro Vermelho, Viracopos, Caeté e Serra da Piedade. Num desfiladeiro da fazenda, a Coroa Portuguesa decidiu instalar, no chamado Retiro dos Capetas, um posto de fiscalização para cobrar impostos sobre o ouro que descia para o porto de Parati e mercadorias e animais que subiam rumo às minas.

Fora do parque, a Fazenda do Gandarela será um dos primeiros locais a serem destruidos pela exploração de minério de ferro, embora estejam ali muitos mananciais de água e de fauna e flora. Nestas terras, há dezenas de nascentes, cachoeiras, lagoas e cascatas, muitas desconhecidas dos turistas. Ali estão a Cachoeira do Maquiné ou Cachoeira Grande, de 50 metros de altura, a Cachoeira do Trovão, a Cachoeira do Mergulho e a cachoeira do córrego da Cachoeira.


Poço do Tonhão

O Poço do Tonhão fica localizado alguns quilômetros acima da cachoeira de Santo Antônio, possui um poço grande e raso, de águas cristalinas, totalmente transparentes.


Cachoeira dos Goianás

Mais uma linda cachoeira no caminho do Ribeirão da Prata.
O nome Goianás foi dado em homenagem a um povo indígena que teria habitado o local há muitos anos. O lugar ainda é pouco conhecido. Possui um poço raso de águas cristalinas cercado por um imenso paredão de pedras. É possível chegar debaixo da queda d’água com tranquilidade.
Fica a dica: se quiser conhecer esse lugar lindo e paradisíaco, o faça com a orientação de um guia ecoturístico. A descida para o poço exige atenção e segurança.
A Cachoeira dos Goianás fica entre o Poço do Tonhão e a Cachoeira de Santo Antônio.

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Cascatas do Geriza

Mesmo com a exploração de pecuária e eucaliptos para carvão e celulose, a Fazenda do Geriza, a três quilômetros da sede de Morro Vermelho, ainda mantém preservadas áreas significantes de mata e grande mananciais de água. As nascentes abastecem vários trechos encachoeirados até o Ribeirão Juca Veira. Por serem propriedade particular, as corredeiras são mantidas ainda quase inexploradas.


Balneário do Taquaril

Do Córrego do Taquaril, afluente do Ribeirão Comprido, desce água cristalina e gelada, vinda de nascentes de montanha. Abaixo da Capela do Rosário, no início da estrada para Raposos, ele forma pequenas quedsa d’água e poços, bons para banho. A área é usada apenas por nativos, que pouco desfrutam de suas águas.


Lagoa do Cutão

 

 

A Lagoa do Cutão é uma represa construída pelo Barão da Estrela ou seus antecessores para captar as águas do Córrego da Cachoeira até uma casa de apuração do ouro. A lagoa tem cerca de 60 metros de largura na parte maior e 200 metros de comprimento, tendo hoje partes cobertas por vegetação. Ainda é utilizada para pesca e lazer.


Lagoas do Geriza

A necessidade de manter várias fontes para abastecer a produção animal levou a Fazenda do Geriza a criar pelo menos cinco represas nos ribeirões que cortam a propriedade. Abastecidas por várias nascentes, protegidas por densas matas, as lagoas também são usadas para criação de peixes e lazer dos proprietários e de suas famílias. As lagoas estão localizadas a três quilômetros do povoado, logo atrás do Morro da Santa Cruz.


Ribeirão comprido

Ribeirão Comprido corta o povoado e foi centro de exploração do ouro por bateias

Formando pelos córregos Santo Antônio, Correia e Pernambuco, que banham a sede urbana de Morro Vermelho, o Ribeirão Comprido tem uma marcante presença na história do ciclo do ouro em Minas Gerais.

Há notícia de que o curso d’água já era explorado em 1650, com o surgimento do arraial de Viracopos, a 500 metros de suas margens. Foi nestas águas que bandeirantes e forasteiros usaram milhares de bateias para coletar ouro, a ponto de se rebelarem contra a Coroa Portuguesa, em 1715, por taxarem as bateias de impostos. Esgotadas as pepitas em suas águas, a exploração passou pelos barrancos e posteriormente para dezenas de minas de ouro às suas margens, que abriga inclusive ruínas de uma casa de apuração de ouro.


Águas do Geriza

Além de florestas e nascentes preservadas, a Fazenda do Geriza, a três quilômetros de Morro Vermelho, oferece atrações de cascatas, lagoas e minas de ouro abandonadas. O acesso de estranhos ao local não é permitido pela empresa proprietária

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