Costureiras, bordadeiras, artistas plásticas, quituteiras e doceiras de Morro Vermelho produzem muitos objetos artesanais e delícias gastronômicas, herdados dos antepassados. Todos os produtos podem ser encontrados a preços acessíveis
Além de suas relíquias históricas e de festas e tradições, Morro Vermelho mantém um rico patrimônio de arte e cultura. Uma destas manifestações é o bordado Bainha Aberta, já reconhecido por todo o país.
As bainhas abertas chegaram em Minas Gerais com colonizadores portugueses no início do século 18, durante o ciclo do ouro, e sobreviveram nos moldes originais graças ao trabalho silencioso das bordadeiras, que passaram a tradição para seus filhos, netos e vizinhos.
A técnica de origem portuguesa teve grande incentivo da bordadeira Maria Rodrigues Pinheiro, Dona Lica, que na maior parte dos seus 99 anos ensinou a arte para as filhas e vizinhas. O saber, mantido pela oralidade, foi multiplicado por sua filha Maria Xavier Pinheiro Guimarães (Nhanhá), que decidiu criar uma oficina no Museu Regional de Caeté, espalhando a arte para centenas de bordadeiras, inclusive de cidades vizinhas.
Segundo as próprias artistas, a bainha aberta é um trabalho muito bonito, mas difícil, pois requer muita atenção e paciência. Diante de um mostruário, com vários tipos, as bordadeiras tecem a renda em pano desfiado de algodão ou linho, que serve de adorno requintado de roupas de cama, toalhas e caminhos-de-mesa, além de peças de igreja, como os sanguíneos, que forram altares.
Ricos bordados vão até para o exterior
Tricô e crochê
Oficina de pintura
Na oficina de arte e pinturas, dirigida pela artista plástica Valéria Glória, alunos aprendem, além da confecção de telas, pinturas especiais em toalhas, vidros etc. As obras, de rara beleza, podem ser adquiridas por preços bem acessíveis.
Delícias no fogão a lenha
Queijão do Morro Vermelho
No almoço ou jantar, todos os olhos se voltam para o queijão. Parece queijo, mas não é; parece pudim, mas não é. Uma incógnita diverte as quituteiras, que fazem o doce misturando ovos e doce de leite, dando forma à receita, que aprenderam ainda criança. Quem come não esquece mais.
Queca do Morro Vermelho
A queca é um tipo de bolo de origem europeia, que chegou ao povoado durante o ciclo do ouro e tornou-se um dos sabores da culinária tradicional no distrito. A tradição vem sendo mantida de geração em geração, mas hoje são poucas as confeiteiras que mantêm a arte. Esses bolos de cor escura são enriquecidos com canela, gengibre, noz moscada, frutas cristalizadas e castanhas. Só sob encomenda.
Doces, canudos e compotas
Especialidades das doceiras de Morro Vermelho, o doce de leite (com ou sem mandioca) e os famosos canudinhos, recheados de doce de leite, trazem sabor ao paladar dos visitantes.
Uma resposta
Morro Vermelho é algo indescritível no sentido histórico de Minas Gerais um povo acolhedor e a tranquilidade e a receptividade em suas comemorações como a cavalhada realizada além de guardar a tradicionalidade dos tempos