Cruzeiro do Rosário recebe martírios

Sessenta anos depois da destruição da última cruz, o novo Cruzeiro do Rosário recebeu  símbolos do martírio de Jesus Cristo.
A recolocação dos martírios foi feita a pedido do vigário, Padre Nilson Moreira Santana, pela Irmandade da Virgem Senhora do Rosário dos Pretos do Arraial do Morro Vermelho. O vereador Reinaldo Bacana providenciou junto à Prefeitura a confecção de parte dos martírios perdidos. Os arredores já foram limpos para recepção de fiéis, inclusive com locais para estacionamento de veículos.

Por mais de 200 anos, o Cruzeiro recebeu fiéis para missas campais. Era também ponto final de frequentes caminhadas de devotos durante todo o ano, além de ser uma atração para turistas. Contavam antigos moradores que o monumento fazia parte de uma quadrilogia de cruzes sagradas, se alinhando em linha reta com os cruzeiros do cemitério, da Praça da Matriz e do Morro da Santa Cruz, formando um conjunto de proteção total aos moradores do distrito. Infelizmente, a mais bela das cruzes, no adro da igreja, acabou carcomida pelo tempo, não sendo substituída.
O Cruzeiro do Rosário, há mais de dois séculos, também registra poderes mágicos para abrandar longas estiagens em Morro Vermelho. Iniciada temporada de chuva e sem uma gota qualquer nas plantações e nas bicas, moradores faziam romarias até o local, levando nas costas montes de pedras e garrafas de água, depositados ao pé da cruz sagrada. Dias depois, a boa água descia dos céus. Alguns moradores revelam que um dos devotos, o agricultor Sudário Leal, certa vez levou pedras e água ao Cruzeiro do Rosário e já retornou debaixo de pesado temporal.

OS MARTÍRIOS DA CRUZ ­– As representações da Paixão de Cristo podem incluir várias combinações de símbolos. Um grupo primário varia entre cruzes de um para outro local. Em geral, são eles: A cruz na qual Jesus foi crucificado, símbolo supremo do amor, da entrega, da compaixão e da misericórdia; a coroa de espinhos; o pilar ou coluna onde Jesus foi amarrado na flagelação; o chicote das 39 chicotadas; a esponja, espetada em vara com vinagre; a lança usada para o golpe fatal; os pregos ou cravos nas mãos e nos pés; o véu da verônica; o caniço entregue a Jesus; a vestimenta púrpura da zombaria; a placa de INRI (Jesus Nazarenus Rex Judaeorum); o cálice usado para coletar o sangue na crucificação; a túnica de Jesus; os dados dos soldados; o galo que cantou na negação de Pedro; a vasilha do vinagre; a escada usada para tirar Jesus; o martelo usado para pregar Jesus; o alicate usado para remover os pregos; o vaso de mirra para ungir Jesus; o santo sudário; as trinta moedas de Judas; as mãos que esbofetearam Jesus; as correntes e cordas que prenderam Jesus; as tochas, espadas e cajados dos soldados durante a prisão.

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